segunda-feira, 12 de julho de 2010

Fúria

Fúria no coração. Mas é uma fúria tranqüila. Uma calmaria exasperada. Eu queria poder entender o coração. O meu coração. Eu queria conhecer melhor o teu. Prá você conhecer melhor o meu. Mas eu não sei o que falta, eu não sei o que impede. Chega a doer. Mas tua presença, mesmo de longe, me faz sentir melhor.
Um sorriso único, um abraço inigualável. Uma pessoa especial. No silêncio das minhas paredes eu te construo perfeito. Mas sei que não és. E é isso que me encanta. Tua perfeição imperfeita. Teu mistério embutido no teu olhar tímido. Tua alegria e serenidade impostas nos teus gestos. E assim eu vou me encantando. Cada vez mais. Já pensei que não fosse certo. Já pensei em “parar”. Já pensei em várias formas de me conter e tentar esquecer. Mas não consigo. Dizem que a voz do coração é a melhor a ser seguida. E é ela que me impede. Impede de te tirar “de mim”.
Eu ainda posso sentir o caminhar dos teus dedos na minha mão. O teu abraço apertado, o teu beijo. Ainda sinto, todos os dias, o meu coração batendo forte, lembrando de quando você me olha nos olhos. Ainda sinto teu sorriso me deixando feliz. E ainda sinto aquela emoção estranha.
Eu sei que tento expressar a abundância de sentimentos e emoções que passam “neste coração” em apenas algumas linhas. Impossível escrever. Fácil e simples demais sentir.
Pela primeira vez, nessa situação, eu me entristeci e chorei. Chorei um choro sentindo, de lágrimas quentes. Eram lágrimas doces. Doces de sentimento. Amargas de saudade.
É tão difícil escrever o significado da tua presença em mim, que pela primeira vez, levo horas pra escrever um pouco sobre ti. Sobre mim. Sobre o coração. Mas sei que meu pensamento vive em você.
E pensando em ti, no carro, eu ouço essa música. Que há tempos não ouvia. E... ao mesmo tempo lembrei de uma frase, que me disseram um dia: “nada é coincidência, tudo é providência.
Por que, na verdade, “nada melhor que eu deixar você saber
Pois é tão triste esconder um sentimento tão bonito.

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