quarta-feira, 11 de abril de 2012

Eu sempre...

Eu sempre acreditei em amor para a vida inteira. Em ter alguém para envelhecer ao lado. Em um motivo a mais para sorrir todos os dias. Sempre acreditei em príncipe encantado, em felicidade mútua. Em amar e ser amado; em ser e fazer feliz. Mas confesso que devido às modernidades, “piriguetagens” e superficialidades do mundo ou das pessoas modernas eu estava (bastante) desacreditada.
Não deixei de crer no amor verdadeiro, na vida a dois em si. Mas vi a banalidade em que se tornaram esses sentimentos, aliados à paixão. Cheguei a postar, tempos atrás que: “Eu preciso provar dos venenos da vida, assim como preciso provar das seivas puras e sublimes. E tenho experimentado, no decorrer dos anos, um pouco de cada; às vezes doses generosas de um e gotas homeopáticas de outro. Mas sempre aprendizado”.
Confesso também, que estava um tanto quanto fria às reações do coração. Talvez os relacionamentos e pessoas que passaram pela minha vida, tenham contribuído para isso, que foi também, por que não, um amadurecimento.
Depois de um bom tempo entre coração vazio, coração sozinho e (muito tempo de) coração neutro, do nada, o jogo virou e eu me sinto estranha novamente. Estranha no bom sentido, com bons sentimentos, por uma pessoa que ressurgiu um sentimento desavaliado na minha opinião passada.
Ter o coração palpitando, contar as horas, os dias. E o tempo voa quando estamos juntos, parafraseando a música do Gusttavo Lima: “O tempo passa depressa quando estou com você; as horas viram minutos não consigo entender, que o que eu mais quero é viver ao seu lado...”.
Tua presença me acalma, mas teu olhar me enfurece de sentimentos bons. Sentir sua presença na ausência acontece quando sinto teu cheiro, mesmo há centenas de quilômetros.de ti. Ouvir tua voz, me faz estremecer o corpo e a alma. Se são devaneios sentimentais, eu não sei, efetivamente. Mas tenho plena certeza de que o sentimento existe e faz bem, como há muito não fazia.
Especial e único. Te resumo em duas palavras simples, mas com significados sublimes, principalmente quando se trata de coração. Nesse jogo de novidades, eu perco a razão do certo e errado, e me atenho à ilusão das palavras que eu leio e que eu ouço de ti e por ti. O hoje me faz muito melhor do que fui ontem. E tens “culpa” disso. Uma culpa boa, uma responsabilidade de ter me mostrado que é possível sim, reviver sentimentos grandiosos e bons, como esse.
O futuro? O futuro não me pertence. Me pertence agora, o dever de te agradecer por me fazer tão bem. Teu sorriso é um convite ao silêncio das almas, que permite aos olhos mergulhar fundo no coração. Não há explicação plausível. É assim e ponto final.

Essa, é prá você:

Pra Você Guardei O Amor (Nando Reis)
Prá você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir
Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo os meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que o arco-íris
Risca ao levitar
Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar