quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Não falta inspiração.

Longe disso! “Ela” é algo que não me falta. Porém, me faltam outras coisas que não suprem minhas necessidades, mas que enchem minha mente de ideias e de contradições sentimentais.
Cada vez mais chego a conclusão de que as pessoas estão com fome de amor, como diria Arnaldo Jabor. Eu diria mais. Além de amor, as pessoas, em geral, têm fome de paixão, de sentimento, de veracidade. De vida prá ser vivida.
Chega sim, um momento da vida, em que baladas, festas, papos banais não fazem a cabeça de ninguém. Acredite! Eu também estou em uma situação semelhante.
Sinto falta do cheiro, do olhar no olho, do acelerar de coração. Do beijo com paixão, do frio na barriga. Banalidade já não me consomem e nem me abastecem mais. O tempo passa, as ideias vão mudando, a mente amadurecendo. Menos o coração. Ah, sublime coração que invade a saudade de uma forma avassaladora. Que eu tenho. De ti. Mas que é “ti”? Quem sou “eu”?. Parafraseando Cazuza, “mentiras sinceras não me interessam”. Definitivamente não. Mas o que fazer se os sentimentos insistem em trazer À tona, lembranças que do que já foi. Lembranças. Passado. Sentimentos. Voltando ao presente.
Inevitável? Talvez. Sem sentido? Jamais.
Há quem chame de carência, há quem acredite que esta, é apenas uma fase. Há quem esteja cansado de tentar esperar, quando a lembrança é só uma.
Há quem diga também, que é preciso tentar. Tentar o que, se a imagem dos teus olhos são tão vivas, como se você estivesse aqui, na minha frente, pronto pra que eu pudesse te tocar.
E eu queria, de novo! Mesmo.
Mas não é mais possível, pelo menos não prá mim; eu acho!
Por que é difícil falar do que a gente sente. Por que é complicado agir de acordo com os instintos e sentimentos, quando muita gente, julga as ações sem saber da essência.
É essência que falta. Em homens e mulheres. É coragem. É atitude.
Mas por muitas vezes, pelo menos as minhas, ficam guardadas, no íntimo do meu coração, com medo do que “pode acontecer depois”. Errado? Talvez e muito provavelmente, sim.
Ma não há como bater de frente com atitudes que fazem gerar descrença, em quem poderia nos causar felicidade.
Vulgaridade, superficialismo, falta de conteúdo e de sentimento. Um vazio infindável, que abala as estruturas de qualquer “alguém”. Um alguém que sou eu; que é você. Que somos nós, em busca de coração de verdade. De amor prá valer, de sentimento prá vida toda.
Pessoas que não enxergam nos seus atos de omissão, as consequências do vazio, da solidão.
Viver sozinho é ter um vazio inexplicável. Hora ou outra, vale querer, vale precisar de alguém ao lado. E isso não é feio, é digno, fiel e apaixonante.
Existem sim, pessoas que valem a pena. Quantas. Aqui, acolá; mas elas existem. Falta serem encontradas, ou descobertas, por quem der uma chance ao sentimento de verdade, ao amor no coração e à troca de vidas, que essa doação proporciona e exige.
Simples? Não. Mas, é muito mais fácil, dentro da complexidade que se tornou a essência do “sentir”.

Sentir, amar. Viver. Eu, você, nós! Sempre.

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