quinta-feira, 1 de março de 2012

“Amar é ser fiel a quem nos trai”.

Essa frase do Nelson Rodrigues é profunda. Faz a gente pensar em mil coisas. Faz a gente analisar que traição não é só aquela “carnal”. É desejar, querer outrem, mesmo que em pensamento. Tenho minha opinião formada sobre o assunto e não há quem a tire da minha cabeça. Traição é traição e é injustificável. Se existe sentimento, não há espaço para essa “futilidade sexual”. Já ouvi e vi histórias de maridos e mulheres que tiveram o fogo da paixão reascendido depois de uma traição. Bobagem. Prá mim, não passa de uma grande lorota. E a confiança? E o amor próprio? É tudo muito complexo. Claro. Cada cabeça sua sentença. Porém, traição é inesquecível. Nem digo imperdoável. Pois perdoar é digno do ser humano.
Mas se houve traição, houve o desejo (consumado) de estar com outra pessoa, mesmo que por alguns minutos. E aí... Aí o sentimento já se foi. Admiro, de verdade, quem consegue conviver com o outro depois de uma traição. Não sei se conseguiria. Nunca passei por isso (pelo menos eu acho), felizmente. E não pretendo passar. Por que, se é para ter alguém com a gente, é prá levar prá frente, ser feliz. Precisa haver companheirismo, amor, paixão, amizade, compreensão e acima de tudo doação.
Então eu ouço por aí: “Ah, mas a gente não manda no coração!”. É, tenho que concordar que não se manda mesmo. Afinal, sentimentos são inexplicáveis. E o tema é delicado, polêmico e intempestivo. Traição, em seu tema e essência, é conceitual. Uma traição para mim, pode não ser a mesma coisa para você. Certo? Nem tanto. De acordo com o dicionário:
Trair: v.t. Enganar perfidamente, atraiçoar: trair um amigo. Faltar ao cumprimento de: trair seus juramentos. Revelar: trair um segredo. Deformar, não traduzir com fidelidade: trair o pensamento de alguém. Não ajudar, abandonar: suas forças traíram-no.
V.pr. Denunciar-se por imprudência; comprometer-se.
Aí está. Agora é só tirar suas conclusões.