quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Rótulos e conteúdos

Postagem unida a um desabafo, na rede social Facebook:
“NENHUM HOMEM PRESTA?

Não julgue TODOS ELES, por VOCÊ ter se jogado nos braços do primeiro cara que te chamou de linda na balada.

Nós não somos todos iguais, você que não é diferente! :)”
E postagens como essa, estão cada vez mais comuns na Internet e na vida. Existe uma ânsia por encontrar pessoas decentes. Sim, pessoas; sejam homens ou mulheres. Já tratei sobre o assunto outra vez, quase que na mesma linha tênue. Não de indignação com o fato, mas sim de indignação com a superficialidade em que os relacionamentos se transformaram. Não sou feminista, muito menos total defensora dos homens. Mas tento enxergar a vida como ela é. Não existe analogia melhor para isso, para essa banalização toda, do que o Carnaval brasileiro se transformou. Sim, é uma festa linda, repleta e “respirante” de cultura do Brasil. Do Brasil, brasileiro. Do povo, do suor, da nossa gente trabalhadora.
Carnaval também, que transformou-se em uma festa de exposição de corpos. De biquínis “fio-dental” cada vez menores, de seios expostos, da vulgarização da figura feminina.
E aí eu pergunto. Será que é disso que os homens gostam mesmo? Cada um é dono do seu corpo e principalmente das suas atitudes. Basta apenas, que cada um seja responsável por elas. Mas, retomando, outra pergunta que surge no meio do caminho, é: o que vale mais, a elegância feminina ou a vulgaridade?
Conversando com um homem, a respeito, a resposta foi clara e objetiva, afirmando que a elegância tem muito mais valia, e que um corpo, apenas, é somente visual. Que os homens olham, sim. Mas que para ter ao lado, uma “mulher de verdade” é o que eles querem.
E são atitudes desenfreadas, de ambos os sexos, que fazem muitas pessoas desacreditarem umas nas outras, no verdadeiro, na essência e no que move os relacionamentos. E uma coisa é fato: existem homens e mulheres que não prestam. Não é o sexo que define isso. E sim atitudes. Assim como há homens que não merecem o respeito de alguma mulher, há mulheres que não se dão valor e perdem a moral através de ações impensadas. Apesar de poucas, existem sim pessoas merecedoras de sentimentos verdadeiros. O encontro pode demorar um pouco, mas quando acontece, vale a espera. E a reciprocidade é a recompensa.

E para finalizar, uma outra frase encontrada na rede social: “Vamos acreditar que ainda há pessoas maduras, inteligentes e interessantes, sabe por quê?
O fútil e o falso uma hora cansam. E já faz ‘horas’.”

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Perder pessoas que amamos...

Não há forma correta de tratar. Com frieza? Com emoção? Fácil é falar, é aconselhar, é tentar consolar quem perdeu alguém. Seja para sempre ou um sempre temporário. É bonito falar de saudade, mas não encontramos beleza quando a temos no peito, oprimindo a vida que há pela frente. Andando por aí, conversando com várias pessoas, as opiniões discorrem variadamente. Há quem diga que prefira partir com toda a família, de uma vez, para não sentir saudades. Há ainda, pessoas que preferem que os pais deixem este mundo antes de si. Difícil julgar, mais ainda explicar. Nesse caso, é difícil até entender. Por que saudade é um sentimento que dói, corrói, e se sente, lá no fundo.
É um sentimento que machuca. Por que às vezes, a dor é para sempre; principalmente de quem já não está mais entre nós. O amor permanece, as lembranças ficam vivas na memória, e a presença, mesmo na ausência, fica viva.
É uma situação complicada, principalmente quando se trata de morte. Prá mim, uma palavra simples, mas com consequências eternas para quem fica vivo.
“Não é fácil abrir mão de ninguém, muito menos ‘prá sempre’. E quando se trata de pais e filhos... Mas o tempo sara, ficam a saudade e as lembranças”. Desconheço o autor dessa frase, mas é assim. Talvez conforte pensar, que o “prá sempre, sempre acaba”, quando nós também acabamos nossa jornada. Mas isso, é claro, é bem mais fácil quando é na teoria.
E quando uma pessoa vai embora, mesmo que temporariamente? Quando vai viajar, e voltará depois de muito tempo. A saudade é a mesma? Outra pergunta na vida, sem resposta. Quem não passou por um, não sabe do outro. Difícil mesmo, é sentir a falta. É pensar na pessoa e ela já não estar ao seu lado, é não compartilhar fisicamente do sorriso, do abraço, do afago, ou da simples palavra de carinho.
A ausência, por si só, já não é agradável. Não adianta lamentar, depois que quem amamos já foi, para sempre ou não. Não resolve chorar a dor da partida. A dor, não delibera a volta, não melhora nem conforta o sentimento. (In)felizmente. Não é simples conviver com a perda; é memorável assumir e lavar a alma, toda vez que necessário. Mas o depois, é só o depois. E o “se”, não resolve se a partida já partiu a sua vida em dois, se a partida é para sempre, ou se a partida, vai ser um sempre temporário. O importante mesmo é valorizar em tempo, em vida, a cada dia, a cada oportunidade. Pai, mãe, avô, avó, irmãos, primos, tios, qualquer pessoa importante. Não deixe o “eu te amo” para amanhã. Aproveite o agora o pouco tempo que existe. Ele é suficiente para não gerar a dor. O depois é expectativa, e isso vem com o tempo. Tempo que pode não ser mais o necessário, nem o tempo que se anseia. De uma coisa, eu tenho certeza. A saudade, essa sim, é para sempre.

“Dê valor às pessoas enquanto elas estão por perto. Saudade não será motivo o suficiente para que elas voltem”.
(Autor Desconhecido)