quarta-feira, 14 de julho de 2010

“És fascinação...”

Não seria hipócrita comigo mesma, em achar que apesar do sentimento, alguém seria perfeito. Para mim, a melhor perfeição é ser imperfeito. Assim, fica mais fácil amar e também sofrer. Com imperfeições, o que já traz sofrimento, é amenizado pelo “não ser igual”, pelo “nem tudo é perfeito”. Parece confuso, mas essa, afinal é a vida. E enfim, somos humanamente cegos pela (im)perfeição do coração.

De fato, “a Saudade é o inusitado encontro de um passado presente com um presente passado que, subitamente, como um presente, nos deixa passado, esquecendo-nos, por instantes, daquilo que se denomina futuro... O tempo pára; a vida segue.”

É verdade. Mas mesmo assim, teimo em dizer que a saudade dói. Ela queima na alma, sofre pela ausência. Mas comemora com o reencontro, com a presença. Física ou não. Mas ameniza, ao menos. E o gosto da saudade é amargo. Mas o reencontro é tão doce quanto mel.

E apesar de tudo isso, eu me encanto, eu me apaixono, eu espero. E, apesar de tudo ainda, mesmo desse jeito, tua lembrança e dos “teus” momentos, me deixam inebriantemente feliz.

“És fascinação...”

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Fúria

Fúria no coração. Mas é uma fúria tranqüila. Uma calmaria exasperada. Eu queria poder entender o coração. O meu coração. Eu queria conhecer melhor o teu. Prá você conhecer melhor o meu. Mas eu não sei o que falta, eu não sei o que impede. Chega a doer. Mas tua presença, mesmo de longe, me faz sentir melhor.
Um sorriso único, um abraço inigualável. Uma pessoa especial. No silêncio das minhas paredes eu te construo perfeito. Mas sei que não és. E é isso que me encanta. Tua perfeição imperfeita. Teu mistério embutido no teu olhar tímido. Tua alegria e serenidade impostas nos teus gestos. E assim eu vou me encantando. Cada vez mais. Já pensei que não fosse certo. Já pensei em “parar”. Já pensei em várias formas de me conter e tentar esquecer. Mas não consigo. Dizem que a voz do coração é a melhor a ser seguida. E é ela que me impede. Impede de te tirar “de mim”.
Eu ainda posso sentir o caminhar dos teus dedos na minha mão. O teu abraço apertado, o teu beijo. Ainda sinto, todos os dias, o meu coração batendo forte, lembrando de quando você me olha nos olhos. Ainda sinto teu sorriso me deixando feliz. E ainda sinto aquela emoção estranha.
Eu sei que tento expressar a abundância de sentimentos e emoções que passam “neste coração” em apenas algumas linhas. Impossível escrever. Fácil e simples demais sentir.
Pela primeira vez, nessa situação, eu me entristeci e chorei. Chorei um choro sentindo, de lágrimas quentes. Eram lágrimas doces. Doces de sentimento. Amargas de saudade.
É tão difícil escrever o significado da tua presença em mim, que pela primeira vez, levo horas pra escrever um pouco sobre ti. Sobre mim. Sobre o coração. Mas sei que meu pensamento vive em você.
E pensando em ti, no carro, eu ouço essa música. Que há tempos não ouvia. E... ao mesmo tempo lembrei de uma frase, que me disseram um dia: “nada é coincidência, tudo é providência.
Por que, na verdade, “nada melhor que eu deixar você saber
Pois é tão triste esconder um sentimento tão bonito.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Lembranças

Momento de nostalgia. Pura. Sincera e única. Lembrei de quando cantava no Grupo Txai. Era soprana, feliz e cantante (risos). Continuo sendo tudo isso ainda. Aprendi muita coisa nessa época e tenho saudades. Um arrepio bom percorreu meu coração. Ainda mais quando vi alguns vídeos das novas gerações do grupo. Em especial achei uma música, Siyahamba. Não são as vozes do Txai, mas era assim que cantávamos. Lindo e emocionante!
Eis uma breve explicação sobre essa música africana:

Siyahamba: originada na África do Sul, foi escrita por volta do ano de 1950 por Andries vanTonder escrita em africano, depois foi traduzida para o Zulu por Thabo Mkize. Em 1978 o coral Fjedur fez uma turnê pela África do Sul cantando nas Igrejas Evangélicas Luteranas. Assim esta música começou a ser conhecida mundialmente, e também foi traduzida para o inglês sofrendo algumas alterações nas últimas traduções para o inglês de "We are marching in the light of God" (Nós estamos marchando para a luz de Deus) para "We are standing in the light of peace".


Momento de felicidade. Relembrei fatos, momentos, músicas e pessoas. Especiais. Também ouvi de novo a música Lugar comum, do Gilberto Gil. Simples. Única. Profunda.